sábado, 29 de julho de 2006

Dez coisas que levei anos para aprender
Luís Fernando Veríssimo
1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção , nunca falha )
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas. Isso quando elas usam prá si , o que pregam .
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. (adoro essa)

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Às vezes vem aquela vontade de escrever, ela senta em silêncio
pensa em milhares de assuntos,hoje com tanta informação não lhe parece uma tarefa fácil.
Divaga entre um e outro, logo está longe,desconcentrou-se do- O que escrever
com o controle remoto na mão acha tudo muito chato ou triste.As novelas não a atraem há muito tempo,tudo muito óbvio,deprimente
também,as histórias contadas ou como elas os são contadas.Pensa, falta de inspiração é o assunto em pauta.
Recorre aos bons e antigos poetas, quase todos mortos, ah, eles sim sabiam escrever,sabe-se lá a que preço,mas que lhes parecem
sempre melhores e surpreendentes isso parecem.É tão fácil para eles,tanto talento,inspiração.Pensativa desligava a TV e ligava o som, trocava os Cds.Arnaldo Baptista, Luis Melodia,a fazia lembrar sua adolescência, assim como Fagner, Zé Ramalho,Eric Burdon e sua inesquecível
San Franciscan Nights.Começa a olhar os vinis,estavam em ordem alfabética,mas com a mudança,ainda não os colocou em ordem, assim como os livros. Mulheres que correm com os lobos,na contra capa está o nome e a data-1996.Ela nunca o leu até o fim.Um dia, ela pensava, um dia leio.
Zeca Balero canta, ela aumenta o volume,é a música do show, que ela ouviu ao vivo e a cores.Pensa na nova turnê do Chico- ah, eu vou!!
Não perco esse show, anos que Chico Buarque não põe o pé na estrada-será que cansou? ficou sem inspiração, ela suspira,duvidando da
possibilidade.Pensa em rascunhar uma poesia,não vem-branco total...olha o relógio, abaixa o som,fecha a janela,é inverno, e o vento entra gelado.
Talvez ela viaje! arrejar um pouco seria bom,será que é isso?Logo desiste, por preguiça e por ser inverno também, acho eu.
Agora é tudo silêncio,ou quase tudo, já que a cachorrada da região ainda não dormiu.O dela, ou melhor, A dela, Jullye dorme apoiada em seus pés
uma poodle branquinha e muito pequenininha.Nâo late nunca,quieta só observa e adormece.Agora ela que observa e pensa-ah, você que é feliz!
Tem suas vontades feitas na hora que quer,não tem grandes perguntas, nem busca respostas,parece sempre tranquila,alegre,e adormece assim
tão fácil,a dona nem mexe a perna já com cãimbra.Para que querer mais? O ser humano complica, responderia ela.
Mas ela tenta para de divagar, concentrar-se no que a fez senta-se ali-escrever!
Ela resolve então ir ler o que o Sérgio, a Aninha, e a Mônica escreveram. Ela?ah, amanhã ela tenta de novo.


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quinta-feira, 20 de julho de 2006

"Você Nunca Vai Estar Sozinho"

Se houver alguma hora
Que as lágrimas encham seus olhos e você não puder olhar para além das sombras
E procurar o sol no outro lado não se desespere porque sempre vai haver alguém ao seu lado
Não perca a fé
O amor não vai deixar você se perder porque você...Nunca vai estar sozinho
Eu sempre estarei a postos eu vou te afastar do frio te apoiar quando você chorar
Eu estarei forte ao seu lado quando você não puder encontrar sua força interior
Você sempre terá um lar bem aqui nos meus braços você nunca vai estar sozinho;
O amor estará a postos se algum dia a chuva encontrar seu coração e você sentir frio, cansaço e sozinho
E o mundo escurecer não se assuste basta estender suas mãos e eu estarei ao seu lado
Não perca a esperança o amor vai te enxergar através disso tudo porque você..
Estará a postos para levantar por cima da dor e do medo,
Estará a postos para carregar em meio às lágrimas e à chuva
Estenda suas mãos
Eu irei te apoiar
E te mostrar que você..É muito especial!!!

(recebi por email, sem autoria)


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quarta-feira, 12 de julho de 2006

Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade


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domingo, 9 de julho de 2006

INCRÍVEL! Gente de visão é outra coisa.Belo e coerente texto.
Mas tenho que confessar, como torcedor devo ter rasgado o jornal no dia... Em 24 de Maio de 2006, bem antes do desatre portanto, Guilherme Fiúza escreveu uma crônica dando adeus ao hexa.Vale a pena lê-la agora. Não se trata nem de premonição nem de adivinhação e sim de um aguçado espírito de observação combinado com raciocínio lógico.
Adeus, hexa -Guilherme Fiuza - 24.05.2006.
O lateral Roberto Carlos foi levar sua camisa autografada ao presidenteLula antes de viajar para a Copa da Alemanha. Não há o menor vestígio de humildade no comportamento dos jogadores da seleção brasileira.Antigamente, o beija-mão palaciano era restrito ao momento da volta, quando os guerreiros iam buscar sua condecoração após a batalha. Agora, a batalha é um detalhe. Já tem muito brasileiro dizendo que não basta ganhara Copa, é preciso "dar espetáculo". E lá vão os Globe Trottersverde-amarelos para a Alemanha com a receita perfeita para a derrota. Os brasileiros são assim mesmo. Oscilam da auto-piedade mais miserável àarrogância mais histérica. Lula é o exemplar-síntese desse caráter. Poucos meses atrás, bombardeado pelo escândalo do mensalão, mal conseguia levantar da cama para governar. A imprensa queria saber quando o governo ia acordar, mas não se ouvia uma palavra do presidente sobre qualquer assunto.Mas o povo esqueceu o mensalão, as pesquisas de opinião embalaram a campanha da reeleição e Lula saiu por aí falando categoricamente sobretudo. Sua última pérola foi dizer que "infelizmente a lei neste país"impede a programação de gastos públicos a menos de seis meses da eleição. Seria chocante, absurda, surrealista uma declaração dessas vinda do chefe da nação, bombardeando a maior conquista recente da administração pública no Brasil - a responsabilidade fiscal. Seria de fato ultrajante, se a opinião pública não fosse dócil aos delírios de grandeza de quem está circunstancialmente por cima. Da depressão profunda, Lula passou à onipotência desvairada, a ponto de se considerar acima da lei. E o povo aplaude: ninguém segura esse presidente, ninguém segura o escrete canarinho, conosco ninguém pode.No terreno da política, esses são os ingredientes perfeitos para o autoritarismo (ver jornada venezuelana). Mas nenhum brasileiro se sentirá às vésperas de uma guinada autoritária quando se está às vésperas de uma Copa do Mundo. E no terreno do futebol, a empáfia e a onipotência são osingredientes perfeitos para o fracasso.Milionários e entediados, os jogadores da seleção brasileira pediram, pela primeira vez, para ficarem concentrados em quartos individuais. Nada daquele clima de colégio interno, tendo que conviver com as cuecas e os roncos do companheiro de time. São todos celebridades, donos de fundações, produtos comerciais altamente rentáveis, verdadeiras ONGs ambulantes. Não fazsentido para suas excelências passarem a vida se deslocando em helicópteros e jatinhos e, na hora da Copa, ter que se meter num acampamento de escoteiro. Mas seus empresários e relações públicas já contornaram esse contratempo.Cafu, o pior lateral direito de uma seleção brasileira campeã, é candidatoà sua quarta final de Copa do Mundo. O recorde é de fato impressionante, mas só interessa ao próprio Cafu, à família do Cafu, à ONG do Cafu e aos almanaques esportivos. A permanência dele e de Roberto Carlos, o que foi beijar a mão de Lula antes da hora, no time que vai à Copa é um mistério insondável. Não jogam nada em seus times há muito tempo, não precisam conquistar mais nada esportiva ou financeiramente, e não largam o osso. São titulares da panelinha vitalícia da CBF.Carlos Alberto Parreira, o técnico, é outro que está empanturrado. Já ganhou Copa, já ganhou dinheiro, já ganhou o mundo. Tudo o que quer é administrar o seu sossego. Palavras bem medidas, convocação de jogadores sem polêmicas, escalação do time como o povo quer. Como se sabe, o povo, assim como o Pelé, entende muito pouco de futebol. Mas essa seleção blasé está convencida de que vai à Alemanha para um desfile de celebridades. Por isso, até o metódico Parreira cedeu à tentação populista de montar um time fashion.A seleção que vai à Copa está pessimamente escalada. Os laterais Cafu e Roberto Carlos não correm mais atrás de ninguém, e no meio-campo há um único jogador de marcação, o igualmente ancião Emerson. Os dois zagueiros devem estar em pânico. Dali para frente, só malabaristas. E não será sequer um time forte na armação de jogadas, porque o tal quadrado mágico -Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e Adriano - é todo de atacantes corredores, com pouquíssimo expediente no departamento de planejamento e articulação do jogo. Um time visivelmente desequilibrado e vulnerável. Mas quem vai querer desafinar o oba-oba?Ronaldo, que não joga há muito tempo, reapareceu com pinta de halterofilista. A Copa de 2002 ele já ganhou com um futebol minimalista,jogando a la Romário, um Fenômeno nada exuberante. Agora aos 30 anos está sisudo, suscetível, levemente magoado com as cobranças (dos tempos de exaltação ninguém reclama). Ronaldinho Gaúcho é gênio, mas sua genialidade apareceu jogando num time, não num desfile de celebridades. E é um dos mais vulneráveis aos pedidos do povo para que a seleção "dê espetáculo", por sua ainda não domesticada vocação circense.Futebol não é circo, nem desfile de moda. A história mostra que futebol bonito é futebol eficiente - basta lembrar de Zico, Rivelino, Maradona e Pelé. Jogadores magistrais, mas que jamais se afastaram um milímetro da objetividade. Sempre buscaram o caminho mais direto para o gol, e o espetacular estava tão somente nas formas que encontravam para abrir esse caminho.Mas o Brasil pentacampeão está empanturrado. A taça não basta. Quer ver Robinho pedalando de marcha-à-ré, Roberto Carlos dando salto mortal,Ronaldinho olhando para um lado e tocando para o outro. Parreira FashionWeek.
Está pronta a crônica do desastre.

FIM

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Eu não chorei !
Não sei se com o tempo, ou o apredizado (às vezes amargo)
nós vamos nos calando diante das decepções,traições,enganos,que não conseguimos chorar,lamentar.
Talvez fique o gosto amargo de não ter aprendido uma licão,ou em algum lugar dentro de nós
ainda um resquício de otimismo,de esperança e fé no ser humano,principalmente quando esse ser nos é
tão especial.Falo de amores,de amizades,e de uma geração que cresceu ouvindo que esse era o País do futuro.
E o Futuro chegou...e todos a quem escolhemos,e não esqueçam,nós escolhemos:
Os amores que fracassam, os amigos que decepcionam,os que dirigem esse País,não merecem nada de nós
nem uma única lágrima.Confiamos e fomos traídos,enganados,magoados.
É aceitar que fizemos escolhas erradas,por mais que nos machuque,e aprender.
Só há duas maneiras, pelo amor, ou pela dor.
A escolha é nossa.
Não perdemos só uma copa do mundo!
Vimos nosso amor, esperança, ser desdenhados por brasileiros que vivem muito bem na Europa, ganham em euros,moram em mansões,salários
milionários.Vivem como reis.Nós somos apenas os súditos,que esperamos o pão e o circo a cada quatro anos.Ou copa ou eleição.
Esse é o País do futuro,de um povo pacífico,alegre,que canta e dança apesar de tudo.
Talvez seja por isso que nos acostumamos cedo a perder,a ser lesado por tudo e por todos.
Aonde está o povo heróico da Pátria amada?


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