sexta-feira, 29 de abril de 2005

Às vezes eu canto

A palavra foge
A lágrima corre
A alma adormece
Mas o amor o corpo não esquece


E eu canto pra lembrar
Pra rir
Fazer barulho
Ensurdecer o coração
Sossegar a alma
Pra ver se esqueço um minuto
Seu riso sua voz



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sábado, 23 de abril de 2005

Perdoe-me por tanto te amar
perdoe-me essa vaga inspiração
perdoe-me tanta confissão
tanta paixão.

Perdoe-me se a hora é sempre errada
se nao tenho juízo
e nem ligo

Perdoe-me se me apego ao passado
perdoe-me se tento tê-lo ao meu lado
perdoe-me
talvez um dia o entenda

Perdoe-me.


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sábado, 16 de abril de 2005

Sina


Nem uma lágrima pode brotar
Avistar tudo no fim do mar
Respirar fundo, recomeçar
Às vezes chego a cansar
Mas não posso parar
Descansar nem lamentar
Nunca fraquejar
Me debater entre o medo e o enfrentar
Correr, sumir na imensidão
Depois chorar, o peito sentir entrar em convulsão
Controlar toda emoção
Os olhos mostram a dor
Que escorre e se esconde no coração
Encharcam de compaixão

Se a sina é lutar
Para desbravar um sertão
Ver que a vida não é solidão
Sonhar
Fazer o sangue brotar e serenar
Tanto clichê
Falar tudo que já foi mostrado
Falar tudo que já foi escrito

Então meu amor.......vamos lá.


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sábado, 9 de abril de 2005

Um laço forte desfeito
escapa por entre os dedos
correm pelo corpo
vertem em lágrimas
que como estrelas cintilam
em noites de começo de verão

Guiam os passos dos meninos
pelas madrugadas agora tristes
se encontram na dor
perdem-se com o tempo
na compreensão de que virá
mesmo que seja cedo
as forças que rompem elos fortes
das várias faces do amor
Segue com seus mistérios
as marcas escondidas
segue fingindo-se esquecer
para sobreviver.


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sábado, 2 de abril de 2005

Geografia II

As encostas tem marcas
do tempo que andava a descobrir
a explorar, sem medo
a beira do abismo que fascina
de todos os abismos

Pele, bôca
no corpo de quem se ama
Ando a beira dos abismos procurando marcas que deixei
nao ando mais com cuidado
O abismo ja não me assusta.


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