quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Afinidade é um dos poucos SENTIMENTOS QUE RESISTEM AO TEMPO E AO DEPOIS
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,delicado e penetrante dos sentimentos.É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjetivo para o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar. Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.É conversar no silêncio, tanto nas possibilidadesexercidas quanto das impossibilidade vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,para que a maturação comum pudesse se dar.E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.

Arthur da Távola

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Recebi por email e ADOREI!!! Infelizmente veio sem autoria.Uma pena que algumas pessoas não respeitem o que é do outro, mesmo sendo genial.

Crônica do "Gordo" e da "Gorda"...
Tenho dois grandes problemas em relação a meu peso: dificuldade de emagrecer e facilidade de engordar.

Em algum lugar do meu DNA implantaram um gene de urso polar e meu organismo sempre tem a sensação de que eu vou hibernar durante seis meses e assim, resolve guardar tudo o que como pra sobreviver ao inverno.

O problema é que a vida do urso polar é só inverno. Sem contar que eu devo ter um sério distúrbio oftalmológico, ligado ao acúmulo de gordura, porque basta eu olhar para uma lasanha que minha bunda aumenta. Claro, ao longo da vida já engordei, emagreci, engordei, emagreci, como qualquer sanfona histérica. Nada de tão grave que me impedisse de virar a roleta no metrô com uma pequena ajuda ou que me fizesse entalar na roda-gigante.

O caso é que nesse engorda-emagrece engorda-emagrece, eu parei por último no engorda. O problema é que passar a vida inteira preocupada com o peso é um porre. E a pior parte é ouvir as mesmas soluções e receitas de dieta que você não vai fazer, como "comer muita fruta, muita verdura, cortar massas e suspender o açúcar".

Ah, então tá. Vamos cortar as massas.

Pega a tesoura, por favor, que eu vou picotar o espaguete e já volto.

O açúcar eu vou guardar em cima do armário prá ficar suspenso. As frutas eu vou comer, todas, como um bom abacatesão e uma jaca gay.

Vamos deixar de ser hipócritas, o mundo ocidental, capitalista, foi projetado para produzir gente gorda. Você vai na lanchonete e tudo é gorduroso, calórico e cheio de açúcar. Pra disfarçar eles vendem uma daquelas saladinhas transgênicas cuja embalagem é mais saudável que o conteúdo.

Em qualquer lugar do planeta, na padaria, no posto de gasolina, na banca de revistas, você pode comer salgadinhos, bala, chocolate, tudo que engorda. Ninguém nunca viu um pacote de cenoura picada, pepino em rodelinha, talos de salsão na boca de caixa da padaria.

Porém, não é só a ingestão da comida que é programada para deixar você obeso e infeliz:

todo o marketing da indústria do emagrecimento foi construído para mentir e levar seu dinheirinho.

As modelos que vendem aparelhos de ginástica, fazem lipo, botam silicone e depois vão dizer que foi aquela cadeirinha super-duper-lipo-sculpt, em quatro parcelinhas de xis e noventa e nove, que fez com que ela ficasse com aquele corpinho. O apresentador toma remédio pra emagrecer, faz uma plástica e depois vende diet-sucos pra enganar você.

Quem nasceu magro, seja magro de ruim ou magro de fome, está na vantagem. Vai economizar muito dinheiro, tempo e sanidade mental.

Quem tem tendência a sair rolando, sabe como é o momento de enfrentar a balança do banheiro. Primeiro você tira a roupa, o sapato, a meia, e sobe na balança (eu tiro tb a piranha do cabelo e os óculos de grau, mas daí, na hora de ver o peso sem os óculos, sempre acho que estou vendo errado. Não acredito naqueles quilos todos. Aí você faz xixi, escova os dentes, corta as unhas, pra se livrar de mais alguns gramas e sobe na balança de novo.

Nada. O ponteiro já está rindo da sua cara e não sai do lugar.

Você resolve botar mais coisas pra fora.

Chora, corta o cabelo, tira a sobrancelha, depila as pernas, arranca uma obturação. Nada. Dá vontade de pular da janela, mas morrer gordo e pelado é o pior vexame (HHHHHHHHHAAAAAA!).

Melhor ficar vivo com uma roupinha larga.

Você volta, se veste e sai do banheiro se sentindo uma pizza de ontem grudada na tampa, um lixo, um nada. Mas, dizem que enquanto há vida há ex-pelancas e para tudo há uma solução. É só você fazer reeducação alimentar. Ah, bom!

Era isso... falta de educação.

Agora sim, vou dividir minhas horas do dia, fragmentar as refeições, ingerir mais proteínas do que carboidratos, trocar o açúcar por adoçante e tudo vai dar certo. Sim, porque no fim, você vai ao spa, faz uma lipo, bota uma prótese.

Se não der certo, você grampeia o estômago, costura a boca e amplia o reto! Você vai ver que fácil vai ser, você vai ficar magro, direto!! " O que eu faria com uns 'quilinhos a menos'?

" Sairia correndo pra dar um soco na cara do imbecil que criou esse comercial!

Aproveitando o nome do remédio já faço a rima: vá K-gá (hahahahahahahaha) no matagal !!!

Agora, com licença que eu tenho que sair pra caminhar.

Sabe, fazer exercícios queima calorias... emagrece... ou pelo menos, desengorda!

E, claro, vou usar todas aquelas instruções cômicas para regime que rolam pela web, com dados científicos como "bolacha quebrada não conta calorias", "tudo o que você come e ninguém vê, não engorda", "depois da meia noite, a comida perde o efeito"!

Se não tem jeito, então, não tem jeito.




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domingo, 17 de setembro de 2006

Benditas avós de nossas infâncias
Mães de nossas mães,duas vezes bem ditas !
benditas infanciâs,arranhões em cotovelos e joelhos
benditos colos adocicados
benditas liberdades de crescermos livres
bentidas lágrimas que tanto nos ensinaram
Bem ditas todas as palavras de pura sabedoria
que nos faziam resmungar aborrecidos
benditas brincadeiras, que nos ensinaram a ganhar e perder
Bendito amor que recebemos e nos fortaleceu
benditos ensinamentos que nos tornaram aptos a enfrentar a dor
Bem ditos são até hoje todos aqueles que nos tornaram o que somos hoje!


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quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Palavras vão
E vãs, Arranham, é o descompasso
É tudo dito
Mal dito,
Maldita é sempre a ilusão
Se foges,Corre,Tropeça na escuridão
Palavras vão
E vãs
Arranham, é como cego na multidão
Se choras baixo
É só silêncio
Ninguém te ouve na solidão
Assim o tempo o vento leva a vida
No arrastão palavras vão e vãs
Arranham,se foges, corre, se chora
Mal dito,
Maldita é sempre a ilusão.......

sábado, 9 de setembro de 2006

AMORES APERTADOS
Sabe aqueles banheiros mínimos, que quando um entra o outro tem que sair? Tem amores que parecem um banheiro apertado: só cabe um.Ela ama o cara. Interessa-se pela sua vida, seu trabalho, seus estudos, seu esporte, seus amigos, sua família, enfim, ela está inteira na dele.Ele, por sua vez, recebe isso de muito bom grado mas não retribui.Não pergunta pelo trabalho dela, pelas angústias dela, por nada que lhe diga respeito.Ela, obviamente, não gosta desta situação, mas vai levando, levando, levando, atéque um belo dia sua paciência se esgota e ela tira o time de campo. Aí ele entra.De repente, como num passe de mágica, ele se dá conta de como ela é legal, de como ele tem sido distante, de como vai ser duro ficar sem a sua menina.Então ele a torpedeia com e-mails e telefonemas carinhosos.Mas ela é gata escaldada, não vai entrar nessa de novo.Ele insiste. Quer vê-la, quer que ela entenda que ele é desse jeito tosco mesmo, mas que no fundo ela é a mulher da vida dele.Ela é gata escaldada mas não é de gelo: então tá, vamos tentar de novo.Ela entra com tudo.Com a namorada resgatada, ele se isola novamente em seu próprio mundo, deixando-a conduzir tudo sozinha.É ela quem o procura, é ela que o elogia, é ela que arma os programas, é ela que lembra das datas, é ela, tudo ela, só ela.Quer saber: tô fora!Aí ele entra. Pô, gata, prometo, juro, ó: vou cobrir você de carinho.E não é que ele cumpre?Passa a tratá-la como uma deusa, superatencioso, parece outro homem.Ela aceita a deferência, mas não entra mais nesse jogo. Simplesmente não retribui o afeto dele, quase nunca telefona, sai com as amigas toda hora, e ele ali, no maior esforço.Ela esnobando, ele tentando, ela se fazendo, ele se declarando. Até que ele enche: tô fora.Aí ela entra. E ele esfria, e ela cai fora, e ele volta, e seguem neste entra-e-sai até o desgaste total.
Bom mesmo é amor em que cabem os dois juntos.
[Martha Medeiros
]