pensa em milhares de assuntos,hoje com tanta informação não lhe parece uma tarefa fácil.
Divaga entre um e outro, logo está longe,desconcentrou-se do- O que escrever
com o controle remoto na mão acha tudo muito chato ou triste.As novelas não a atraem há muito tempo,tudo muito óbvio,deprimente
também,as histórias contadas ou como elas os são contadas.Pensa, falta de inspiração é o assunto em pauta.
Recorre aos bons e antigos poetas, quase todos mortos, ah, eles sim sabiam escrever,sabe-se lá a que preço,mas que lhes parecem
sempre melhores e surpreendentes isso parecem.É tão fácil para eles,tanto talento,inspiração.Pensativa desligava a TV e ligava o som, trocava os Cds.Arnaldo Baptista, Luis Melodia,a fazia lembrar sua adolescência, assim como Fagner, Zé Ramalho,Eric Burdon e sua inesquecível
San Franciscan Nights.Começa a olhar os vinis,estavam em ordem alfabética,mas com a mudança,ainda não os colocou em ordem, assim como os livros. Mulheres que correm com os lobos,na contra capa está o nome e a data-1996.Ela nunca o leu até o fim.Um dia, ela pensava, um dia leio.
Zeca Balero canta, ela aumenta o volume,é a música do show, que ela ouviu ao vivo e a cores.Pensa na nova turnê do Chico- ah, eu vou!!
Não perco esse show, anos que Chico Buarque não põe o pé na estrada-será que cansou? ficou sem inspiração, ela suspira,duvidando da
possibilidade.Pensa em rascunhar uma poesia,não vem-branco total...olha o relógio, abaixa o som,fecha a janela,é inverno, e o vento entra gelado.
Talvez ela viaje! arrejar um pouco seria bom,será que é isso?Logo desiste, por preguiça e por ser inverno também, acho eu.
Agora é tudo silêncio,ou quase tudo, já que a cachorrada da região ainda não dormiu.O dela, ou melhor, A dela, Jullye dorme apoiada em seus pés
uma poodle branquinha e muito pequenininha.Nâo late nunca,quieta só observa e adormece.Agora ela que observa e pensa-ah, você que é feliz!
Tem suas vontades feitas na hora que quer,não tem grandes perguntas, nem busca respostas,parece sempre tranquila,alegre,e adormece assim
tão fácil,a dona nem mexe a perna já com cãimbra.Para que querer mais? O ser humano complica, responderia ela.
Mas ela tenta para de divagar, concentrar-se no que a fez senta-se ali-escrever!
Ela resolve então ir ler o que o Sérgio, a Aninha, e a Mônica escreveram. Ela?ah, amanhã ela tenta de novo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário