segunda-feira, 24 de julho de 2006

Às vezes vem aquela vontade de escrever, ela senta em silêncio
pensa em milhares de assuntos,hoje com tanta informação não lhe parece uma tarefa fácil.
Divaga entre um e outro, logo está longe,desconcentrou-se do- O que escrever
com o controle remoto na mão acha tudo muito chato ou triste.As novelas não a atraem há muito tempo,tudo muito óbvio,deprimente
também,as histórias contadas ou como elas os são contadas.Pensa, falta de inspiração é o assunto em pauta.
Recorre aos bons e antigos poetas, quase todos mortos, ah, eles sim sabiam escrever,sabe-se lá a que preço,mas que lhes parecem
sempre melhores e surpreendentes isso parecem.É tão fácil para eles,tanto talento,inspiração.Pensativa desligava a TV e ligava o som, trocava os Cds.Arnaldo Baptista, Luis Melodia,a fazia lembrar sua adolescência, assim como Fagner, Zé Ramalho,Eric Burdon e sua inesquecível
San Franciscan Nights.Começa a olhar os vinis,estavam em ordem alfabética,mas com a mudança,ainda não os colocou em ordem, assim como os livros. Mulheres que correm com os lobos,na contra capa está o nome e a data-1996.Ela nunca o leu até o fim.Um dia, ela pensava, um dia leio.
Zeca Balero canta, ela aumenta o volume,é a música do show, que ela ouviu ao vivo e a cores.Pensa na nova turnê do Chico- ah, eu vou!!
Não perco esse show, anos que Chico Buarque não põe o pé na estrada-será que cansou? ficou sem inspiração, ela suspira,duvidando da
possibilidade.Pensa em rascunhar uma poesia,não vem-branco total...olha o relógio, abaixa o som,fecha a janela,é inverno, e o vento entra gelado.
Talvez ela viaje! arrejar um pouco seria bom,será que é isso?Logo desiste, por preguiça e por ser inverno também, acho eu.
Agora é tudo silêncio,ou quase tudo, já que a cachorrada da região ainda não dormiu.O dela, ou melhor, A dela, Jullye dorme apoiada em seus pés
uma poodle branquinha e muito pequenininha.Nâo late nunca,quieta só observa e adormece.Agora ela que observa e pensa-ah, você que é feliz!
Tem suas vontades feitas na hora que quer,não tem grandes perguntas, nem busca respostas,parece sempre tranquila,alegre,e adormece assim
tão fácil,a dona nem mexe a perna já com cãimbra.Para que querer mais? O ser humano complica, responderia ela.
Mas ela tenta para de divagar, concentrar-se no que a fez senta-se ali-escrever!
Ela resolve então ir ler o que o Sérgio, a Aninha, e a Mônica escreveram. Ela?ah, amanhã ela tenta de novo.


Image and video hosting by TinyPic

Nenhum comentário: